Paulo
Freire escreve o seu texto direcionado aos professores e aos futuros
professores. Neste excelente artigo Freire buscará uma síntese de contrários,
sem dicotomia.
Ressalta a importância do ler, mas
ler não significa decodificar palavras, ou apenas ler palavras. Freire defende
a leitura do mundo, anterior a leitura da palavra, e após a leitura da palavra
ler a leitura do mundo anteriormente feita.
Este professor deve ter uma relação
de soma com a aluno, ou seja, o saber anterior da criança, o seu senso comum a
sua linguagem não deve ser excluída do processo educativo, a escola não pode
agir de modo substituir os seus saberes da vida pelo conhecimento
sistematizado, acumulado no decorrer da história. Não deve haver interiorização
ou hierarquia dos saberes, estes devem ser somados. A curiosidade natural da
criança deverá ser valorizada, as questões do seu meio social devem ser
exploradas.
Freire demonstra a sua proposta
através de um curso de formação para professores que ministrou em
Ilha de São Tomé, na África Ocidental. Na ocasião decidiu em trabalhar os
conceitos de teóricos da educação da seguinte maneira: apresentava brevemente
os conceitos das aulas de uma maneira leve. Após a breve apresentação o grupo
de 25 alunos se preparavam e discutiam o material lido, sem nenhum tipo de
interrupção por parte dos professores formadores. Após a sessão os erros e as
interpretações de todos eram expostas coletivamente e discutidas.
O ato de ensinar também é um ato de aprender, “Estudar é desocultar, é ganhar a compreensão mais exata do objeto, é perceber suas
relações com outros objetos. Implica que o estudioso, sujeito do estudo, se
arrisque, se aventure, sem o que não cria nem recria. ” Defende que ensinar não
é um processo mecânico e de memorização.
Bibliografia:
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