quinta-feira, 16 de abril de 2015

Carta de Paulo Freire aos professores

       Paulo Freire escreve o seu texto direcionado aos professores e aos futuros professores. Neste excelente artigo Freire buscará uma síntese de contrários, sem dicotomia.

            Ressalta a importância do ler, mas ler não significa decodificar palavras, ou apenas ler palavras. Freire defende a leitura do mundo, anterior a leitura da palavra, e após a leitura da palavra ler a leitura do mundo anteriormente feita.

            Este professor deve ter uma relação de soma com a aluno, ou seja, o saber anterior da criança, o seu senso comum a sua linguagem não deve ser excluída do processo educativo, a escola não pode agir de modo substituir os seus saberes da vida pelo conhecimento sistematizado, acumulado no decorrer da história. Não deve haver interiorização ou hierarquia dos saberes, estes devem ser somados. A curiosidade natural da criança deverá ser valorizada, as questões do seu meio social devem ser exploradas.

            Freire demonstra a sua proposta através de um curso de formação para professores que ministrou em Ilha de São Tomé, na África Ocidental. Na ocasião decidiu em trabalhar os conceitos de teóricos da educação da seguinte maneira: apresentava brevemente os conceitos das aulas de uma maneira leve. Após a breve apresentação o grupo de 25 alunos se preparavam e discutiam o material lido, sem nenhum tipo de interrupção por parte dos professores formadores. Após a sessão os erros e as interpretações de todos eram expostas coletivamente e discutidas.

            O ato de ensinar também é um ato de aprender, “Estudar é desocultar, é ganhar a compreensão mais exata do objeto, é perceber suas relações com outros objetos. Implica que o estudioso, sujeito do estudo, se arrisque, se aventure, sem o que não cria nem recria. ” Defende que ensinar não é um processo mecânico e de memorização. 

Bibliografia:

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